sábado, 11 de dezembro de 2010

Essa tal FiDeLiDaDe

"É justamente por não jorrar água doce e salgada da mesma fonte, que eu não consigo gostar de mais de uma pessoa.
Então eu peco ao expor 'sem querer' essa exclusividade e partindo desse pressuposto, o amado se sente tão seguro quanto pisar num solo plano, que se acha no direito de deitar e rolar, já que não corre o perigo de tropeçar e cair.
E com isso, eu me sinto pisoteada pelo amor, por causa dessa maldita fidelidade que insiste em me acompanhar incessantemente, até mais que a minha própria sombra; e o pior é que eu gosto!
Eu não acredito que a fidelidade seja algo indispensável, como o ar que eu respiro, mas eu relaciono-a com a ; porque da mesma forma que 'sem fé é impossível agradar a Deus', sem fidelidade é impossível agradar o meu modo de amar!"
Ramiles Nery

domingo, 28 de novembro de 2010

Após um “certo” domingo, eu aprendi que...

  • v Não se deve justificar um erro com outro;
  • v Uma omissão muitas vezes toma a mesma proporção que uma mentira e pode também, tornar-se uma bola de neve;
  • v Devemos seguir mais a Bíblia e lembrar que “Maldito o homem que confia no homem e FAZ DELE SEU BRAÇO FORTE”;
  • v Por mais que as pessoas te amem, talvez por motivos maiores (ou não), um dia elas podem te desamparar;
  • v E se você não gosta de andar de ônibus, só saia com SEU carro, porque imprevistos acontecem e você pode precisar entrar num coletivo lotado ou ficar a espera de alguém;
  • v Aprendi que as obrigações devem vim antes das devoções, ou você não curtirá como deveria, com o pensamento nas responsabilidades não cumpridas;
  • v E se seu melhor amigo está contigo nos momentos inusitados, ele vai rir e chorar junto com você e isso te deixará mais seguro;
  • v Aprendi também que amigos de verdade, são aqueles que permitem que você passe por certas privações, para aprender a lição. Mas, chega num certo momento que estende a mão, porque entende que você já captou a mensagem;
  • v E devemos conservar esses amigos, porque eles realmente se importam conosco;
  • v Aprendi, sobretudo, que a esperança e confiança em Deus, devem ser mantidas SEMPRE, pois Ele é quem garante que no final, tudo dê certo!



quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Quem sou eu...


Eu...
Ramiles  F. Nery, nascida em 03/07/84, sou uma canceriana de carteirinha...
Daquelas que é um poço de meiguice, mas tente magoá-las pra ver só a amargura que é.
Canceriana nata, que não tem ciúmes, apenas cuida do que é seu.
Sou do tipo que protege tudo e todos que ama.
Conhecida como: Ramiles, Ramil, Rami, Ram, Miles, Mile, Bibia, Bia, Preta ou Pretinha...
Já fui chamada também de Inha, Vida, Neném Minha, Neném Xi’mamãe, Amor... E hoje sou chamada de Bb e/ou Filha.
Odeio ser chamada pelo meu nome, dá impressão que estão brigando comigo.
Amo incondicionalmente minha mãe; meu pai é como se fosse um colega que não tenho muito apreço; tenho três irmãos filhos do meu pai, mas só mantenho muito contato com dois deles (todos mais novos).
Minha irmã parece muito comigo, meu irmão nem tanto, mas é louquinho por mim e vice-versa.
Sou a queridinha da família materna e minha avó paterna me ama mais que aos outros netos e isso é notório.
Adoro fazer e receber carinhos.
Odeio, mas sempre acabo fazendo grosserias com quem amo, principalmente se me contrariarem.
Odeio ser impulsiva, queria ser um pouco mais fria...
Não pirraço ninguém, porque NÃO AGUENTO ser pirraçada.
Pra me tirar do sério é facinho, facinho...
Ninguém me vence pelo cansaço e também não pretendo conseguir nada adulando as pessoas.
Odeio mentiras, falsidades, traições ou coisas parecidas.
Não me acho tão grossa, só falo a verdade NUA e CRUA, doa a quem doer.
Não ligo muito pra gastar com roupas, maquiagens e afins.
Se eu pudesse só gastaria meu dinheiro com comida e sapatos (todos de salto alto).
Odeio ter apenas 1,59m de altura.
Adoro ter cintura fina e bunda grande.
Vou botar silicone nos seios, depois que eu tiver um filho.
Queria ter um pouco mais de melanina na pele.
Amo meu cabelo cacheado.
Tenho perna torta (genuvalgo), olho de peixe morto, pé feio e mesmo assim ainda acho quem me considera linda.
Sou viciada em praia, piscina, sol, caranguejo, lambreta e tudo que combina com o verão.
Às vezes saio de casa para um lugar longe, só pra comer algo que me deu vontade.
Amo meu time ‘V.I.T.Ó.R.I.A.’ e vou torcer por ele até morrer.
Gosto de todo mundo que conheço, porque pra mim todo mundo é legal até que me provem o contrário.
Estou sempre disposta a fazer novas amizades.
Tenho amigos de infância, amigos da época de escola, inclusive uns que se tornaram irmãos.
Tenho um que desde 1998, passa todos os meus aniversários comigo, faça sol ou chuva (literalmente).
Meus melhores amigos (aqueles de verdade) são homens, mas tenho algumas mulheres.
Gosto de Futebol (mas não sei jogar); amo ver meus amigos jogar sinuca, gosto de ir pra estádio torcer pro meu time, jogar vídeo-game, sair com meus amigos pra aprender os truques masculinos.
Gosto de dirigir, principalmente quando estou de salto, mas odeio lerdos no trânsito;
Adoro ultrapassar homens no trânsito...
Eu entro pela contramão se precisar dar uma roubadinha...
Já fui multada por invasão de sinal e por excesso de velocidade e continuo fazendo o mesmo.
Meu sonho? Dirigir igualzinho a Ismar, Joãozinho e Tony.
Já bateram no meu carro e fugiram quando viram que eu era mulher e estava só, daí fiquei pirada e desejei ser homem.
Já caí, despongando de um Bugre.
Quando criança:
<!--[if !supportLists]-->·         <!--[endif]-->Já levei 24 pontos no pescoço, por causa de linha de arraia.
<!--[if !supportLists]-->·         <!--[endif]-->Já imprensei minha mão numa escada rolante.
<!--[if !supportLists]-->·         <!--[endif]-->Já desmaiei por causa de um pau que estacionou na minha cabeça.
<!--[if !supportLists]-->·         <!--[endif]-->Já peguei uma caravela achando que era bóia e fiquei uma semana com febre e as mãos inchadas.
<!--[if !supportLists]-->·         <!--[endif]-->Já brinquei com meu primo de trio-elétrico em cima do beliche, usando as panelas como instrumento musical.
E hoje, na idade adulta:
Não bebo, mas já tomei três porres.
Nunca fumei nem usei qualquer outro tipo de drogas, nem tenho curiosidade.
Nunca acampei, ainda pretendo.
Já fiz uma tattoo, mais ainda faltam mais duas.
Já chorei em ponto de ônibus pela demora.
Já virei noite no Porto da Barra ouvindo Banda Eva e Timbalada.
Já tomei banho de mar de madrugada.
Vou pra festa SÓ PARA DANÇAR e até esqueço de beber água.
Arroto alto e faço xixi em pé quando estou no banho.
Falo pelos cotovelos.
Grito muitas vezes desnecessariamente.
Choro por besteira e suporto sem chorar o que quase ninguém suportaria.
Consigo quase tudo com o meu sorrisão.
Tive três namorados, mas só com dois foi INTENSO e eu realmente acreditei.
Se depender de mim a amizade continua, mas um deles não sabe dividir as coisas.
Hoje me dou bem com a atual de um deles, mas ele nem sonha.
Nunca traí, mas já fui muito traída.
Já tentei ser piriguete, mas não consegui (ainda bem).
Tenho sonho de ter um filho (se for menina se chamará Beatriz).
Quero casar pra vida toda, mas não sonho em casar na igreja.
Já tive dois peixes e pretendo ter mais.
Amo andar de moto, Jet ski, passear de lancha ou de barquinho a remo mesmo, porque sou fascinada pelo mar.
Sinto falta da minha intimidade com Deus e não faço nada pra voltar a tê-la.
Quero criar meu filho no evangelho.
Sou amante da música e adoro dançar.
Odeio trabalhos domésticos, amo trabalhar com Ginástica Laboral.
Me apaixonei pelos meus alunos especiais, mas precisei deixá-los por uma oportunidade melhor.
Sofri por amor, mas quero voltar a acreditar que ele existe.
Já pensei em fazer um acompanhamento com terapeuta e ainda penso.
Mas de tudo que ainda pretendo, o que mais quero é voltar ao primeiro amor com Deus, só não sei por onde começar, mas sei que chegarei lá, porque eu não sou apenas chamada, eu sou ESCOLHIDA por Ele!
E como já dizia Clarice Lispector: “Serei o que você quiser, mas só quando EU quiser!”.

 

sábado, 16 de outubro de 2010

Lua Adversa (Cecília Meireles)



Tenho fases, como a lua 
Fases de andar escondida, 
fases de vir para a rua... 
Perdição da minha vida! 
Perdição da vida minha! 
Tenho fases de ser tua, 
tenho outras de ser sozinha. 

Fases que vão e que vêm, 
no secreto calendário 
que um astrólogo arbitrário 
inventou para meu uso. 

E roda a melancolia 
seu interminável fuso! 
Não me encontro com ninguém
(tenho fases, como a lua...) 
No dia de alguém ser meu 
não é dia de eu ser sua... 
E, quando chega esse dia, 
o outro desapareceu... 


sábado, 25 de setembro de 2010

Das Vantagens de ser Bobo - Clarice Lispector

O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir, tocar no mundo.
O bobo é capaz de ficar sentado quase sem se mexer por duas horas. Se perguntado
por que não faz alguma coisa, responde: "Estou fazendo, estou pensando”.
Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de
sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a idéia.
O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não vêem. Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os vêem como simples pessoas humanas.
O bobo ganha liberdade e sabedoria para viver.
O bobo parece nunca ter tido vez. No entanto, muitas vezes, o bobo é um Dostoievski.
Há desvantagem, obviamente. Uma boba, por exemplo, confiou na palavra de um desconhecido para a compra de um ar refrigerado de segunda mão: ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem uso porque se mudara para a Gávea onde é fresco. Vai a boba e compra o aparelho sem vê-lo sequer.
Resultado: não funciona.
Chamado um técnico, a opinião deste era que o aparelho estava tão estragado que o conserto seria caríssimo: mais vale comprar outro.
Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa-fé, não desconfiar, e, portanto estar tranqüilo.
Enquanto o esperto não dorme à noite com medo de ser ludibriado. O esperto vence com úlcera no estômago. O bobo nem nota que venceu.
Aviso: não confundir bobos com burros.
Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem menos espera. É uma das tristezas que o bobo não prevê. César terminou dizendo a célebre frase: "Até tu, Brutus?"
Bobo não reclama. Em compensação, como exclama!
Os bobos, com todas as suas palhaçadas, devem estar todos no céu.
Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz.
O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos.
Ser bobo é uma criatividade e, como toda criação, é difícil. Por isso é que os espertos não conseguem passar por bobos. Os espertos ganham dos outros. Em compensação, os bobos ganham a vida.
Bem-aventurados os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie. Aliás,
não se importam que saibam que eles sabem.
Há lugares que facilitam mais as pessoas serem bobas (não confundir bobo com burro,
com tolo, com fútil). Minas Gerais, por exemplo, facilita ser bobo. Ah, quantos perdem
por não nascer em Minas!
Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando por cima das casas.
É quase impossível evitar excesso de amor que o bobo provoca.
É que só o bobo é capaz de excesso de amor.
E só o amor faz o bobo.

Clique aqui e assista






sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Frutos das decepções passadas (Natiele Calmon)

Sei que o ideal para iniciar minhas postagens no "Meu Infinito Particular" seria algo escrito por mim, já que usarei-o como uma espécie de diário; mas minha prima de apenas 14 anos de idade escreveu um poema pra mim, tão fidedigno, que foi inevitável começar as postagens desta forma.
Já dá pra ler todos os dias, esta aí em baixo... SOU EU!

"Nele eu tanto confiei
Foi um susto que levei
Porém, nunca mais irei levar
Passei anos me iludindo
Chorando, sorrindo
Em uma grande ilusão caindo
Hoje tenho medo de me apaixonar.

Não entendo o porque, esse amor aconteceu
Porque tantos anos me enlouqueceu
Pela  minha loucura de pensar
Que todo amor é verdadeiro
Achando eu que não iria me decepcionar.

Hoje me sinto perdida
Entre a descoberta de um novo amor
E decepções que o passado gerou
Por isso luto contra a vontade de me envolver
Por isso tenho medo de me apaixonar
Por isso tenho medo de outra vez jurar, depois de muito chorar
Que novamente não irei me entregar.
Até compreendo,tenho um pouco de culpa
Por essa forma de pensar
Sigo sabendo, mas sem entender
Que amar é como cair e levantar
Ciente de que tem tombos nessa vida
Que são tão fundos quanto o mar
Quanto mais anda, mais fundo se pode chegar.

Caminho Ciente, com o sorriso resplandecente
Sabendo que quanto mais fundo eu chegar, mais possibilidade terei
De encontrar um amor, que incondicionalmente valorizarei."
 (Natiele Calmon)

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