Então eu peco ao expor 'sem querer' essa exclusividade e partindo desse pressuposto, o amado se sente tão seguro quanto pisar num solo plano, que se acha no direito de deitar e rolar, já que não corre o perigo de tropeçar e cair.
E com isso, eu me sinto pisoteada pelo amor, por causa dessa maldita fidelidade que insiste em me acompanhar incessantemente, até mais que a minha própria sombra; e o pior é que eu gosto!
Eu não acredito que a fidelidade seja algo indispensável, como o ar que eu respiro, mas eu relaciono-a com a fé; porque da mesma forma que 'sem fé é impossível agradar a Deus', sem fidelidade é impossível agradar o meu modo de amar!"
Ramiles Nery